Sobrediabetes
1 em 11 adultos vivem com diabetes2
Diabetes é uma doença crônica que ocorre quando o pâncreas não produz insulina suficiente, ou quando o corpo não consegue usar com eficiência a insulina produzida. Insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que permite que as células assimilem a glicose do sangue atuando como uma chave que abre as células, assim a glicose pode ser absorvida e convertida em energia.
Se o corpo não produz insulina suficiente, ou não consegue usar a insulina produzida, os níveis de glicose no sangue aumentam (hiperglicemia).
Diabetes tipo 1 pode ser desenvolvida em qualquer idade, mas ocorre com frequência maior em crianças e adolescentes. Quando você tem a diabetes Tipo 1, seu corpo produz pouca ou nenhuma insulina, o que significa que você precisa de injeções diárias de insulina para manter os níveis de glicose no sangue controlados.
Diabetes Tipo 2 é mais comum em adultos e é aproximadamente 90% de todos os casos de diabetes. Quando você tem a diabetes tipo 2, seu corpo não faz bom uso da insulina que produz. O pilar do tratamento para a diabetes Tipo 2 é um estilo de vida mais sadio, incluindo o aumento de atividades físicas e dieta saudável. Entretanto, com o tempo a maior parte das pessoas com diabetes Tipo 2 vai precisar de medicamentos e/ou insulina para manter seus níveis de glicose no sangue sob controle.
- Diabetes gestacional aparece durante a gravidez, mas normalmente desaparece depois.
- Também existem outros tipos raros de diabetes.
Ao longo do tempo altos níveis de glicose estão ligados a danos ao corpo e a falha de vários órgãos e tecidos.
Pessoas com diabetes têm um risco aumentado de desenvolver sérios problemas de saúde. Níveis altos de glicose no sangue consistentemente podem levar a doenças sérias afetando o coração e vasos sanguíneos, olhos, rins, nervos e dentes. Além disso, pessoas com diabetes têm um risco mais alto de desenvolver infecções. Em países de alta renda, diabetes é a principal causa de doenças cardiovasculares, cegueira, insuficiência renal e amputação de membros inferiores.
sobre AS COMPLICAÇÕES DO PÉ DIABÉTICO
Pé diabético é uma das mais comuns,
caras e severas complicações da diabetes.
Existem diversos fatores que levam a úlcera de pé diabético
a uma baixa probabilidade da cicatrização da úlcera.
Perda da sensibilidade protetora (PSP)
Diabetes é associada com a PSP, devido a neuropatia. De fato, os níveis altos de glicose no sangue podem danificar os nervos pelo corpo (levando a neuropatia). Neuropatia periférica é a forma mais comum de neuropatia diabética. Ela permite que as feridas não sejam notadas, o que leva a ulceração.
Pacientes com PSP podem cortar os pés ao pisar em um vidro sem perceber.
Deformações nos pés
Para um diabético, complicações nos pés são um risco sempre presentes. Esse risco aumenta se você tem deformações nos pés. Em diabéticos, o dano ao fornecimento de nervos dos músculos dos pés causa enfraquecimento e muda a forma deles. Isso cria pontos anormais de pressão e proeminências ósseas que causam dores e ulcerações.
As formas mais comuns de deformações nos pés em diabéticos são: dedo martelo, dedo em garra, joanetes…
Doença arterial periférica (DAP)
Conhecida como má circulação, DAP normalmente é referente ao estreitamento das artérias nas pernas, levando a uma circulação menor de sangue para os músculos. É causada por placas de colesterol que endurecem e estreitam as artérias. O nível alto de açúcar presente na diabetes com o passar do tempo pode danificar os vasos sanguíneos. Isso faz com que eles sejam mais propensos ao estreitamento ou enfraquecimento.
Quando uma artéria é bloqueada ou estreitada, parte do corpo que ela atua não recebe oxigênio suficiente. Essa condição é chamada de isquemia.
Históricos anteriores sobre ulceração ou amputação dos pés
Após uma cura bem sucedida, as taxas de reincidência de úlcera de pé diabético são de 40% em um ano e 65% em 3 anos.3
“Portanto, é melhor pensar em pacientes que obtiveram cicatrização como pacientes em remissão do que curados”
3. Armstrong DG, Boulton AJM, Bus SA. Diabetic Foot Ulcers and Their Recurrence. N Engl J Med. 2017 Junho 15;376(24):2367-2375
AS CONSEQUÊNCIAS DO PÉ DIABÉTICO
1 EM CADA 4
PESSOAS 1
1 EM CADA 4 PESSOAS 1
A CADA 20
SEGUNDOS 4
A CADA 20 SEGUNDOS 4
70% DE PACIENTES
AMPUTADOS 5
70% DE PACIENTES AMPUTADOS 5
O PÉ DIABÉTICO PODE SER UMA AMEAÇA À VIDA
Devido ao pé diabético, pessoas com diabetes são 15 vezes mais propensas a uma amputação do que outras pessoas.
Diabetes se tornou a maior causa de amputações pelo mundo. A vida das pessoas após uma amputação é profundamente afetada: muitas são impossibilitadas de trabalhar, tornam-se dependentes de outros e não podem mais ter uma vida socialmente ativa.
Cinco anos após uma amputação de membros inferiores, mais de 70% das pessoas podem ter morrido.
1. Setacci C, de Donato G, Setacci F, Chisci E. Diabetic patients: epidemiology and global impact. J Cardiovasc Surg (Torino). 2009 Jul, 50(3) : 263-73
2. International Diabetes Federation Atlas – 9th edition 2019
3. Armstrong DG, Boulton AJM, Bus SA. Diabetic Foot Ulcers and Their Recurrence. N Engl J Med. 2017 Jun 15;376(24):2367-2375.
4. Whiting, D. R., Guariguata, L., Weil, C., and Shaw, J. 2011. “IDF Diabetes Atlas: Global Estimates of the Prevalence of Diabetes for 2011 and 2030.” Diabetes Res. Clin. Pract. 94 (3): 311-21.
Felizmente, estudos clínicos mostraram que úlceras de pé podem ser prevenidas e tratadas com sucesso por meio de mais prevenção, identificações rápidas de pacientes com riscos maiores de ulcerações nos pés e o encaminhamento correto de pacientes com pé diabético para setores especializados.